segunda-feira, 26 de setembro de 2011
# 268
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ele achava graça das mínimas coisas.
sempre, sempre, procurava enxergar aqueles detalhes quase imperceptíveis nas pessoas e situações, detalhes esses que fariam daqueles momentos, daquelas pessoas, coisas únicas.
podia haver até mesmo uma semelhança entre um fato e outro, mas nunca eram idênticos, iguais.
e era justamente isso que lhe agradava.
gostava de pensar, como diz uma música das que mais gostava na vida "eu não existo nos lugares comuns", porque é assim que enxergava não só a si mesmo, mas o mundo todo.
uma vastidão sem lugares comuns.
nada nem ninguém era comum. de todo mundo só havia um exemplar, com suas sutilezas e particularidades.
e eram essas que entravam na memória.
e no fim das contas, se encantava com detalhes, com a vontade de desvendar o por trás daquelas coisas.
de saber o que havia de secreto naquilo que via a olho nu.
de vez em quando se deparava com as peças pregadas pela Dona Vida, e se via ali, com um mistério novo pra desvendar, através das mínimas coisas, das mais simples, o que havia por trás.
no momento, brinca de detetive, contando com a ajuda do Sr. Acaso, e uma certa compatibilidade de horários.
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