terça-feira, 20 de setembro de 2011

# 267


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ele achava engraçada a reação das pessoas quando não brigava por bobagens.
é que o mundo já era bastante complicado pra ficar fazendo tempestades em copos d'água.
além de achar que depois sem vinha o tempo bom, com arco íris e tudo.
por isso evitava, até onde podia, os joguinhos e conflitos bestas.

daí, por vezes era chamado de "fácil", "bobo", "condescendente"... mal sabia quem o chamava assim que ele só era prático.
se sabia o final de uma discussão, de uma conversa, e por aí vai, ia direto até esse.
certo é que gostava de fazer uns dramas de vez em quando, mas só quando desses ele tinha certeza que resultariam em ótimas risadas.

na maior parte das vezes tentava resolver as coisas com mais facilidade.
sem enrolações e discussões bobas.
mas isso não significava que aceitava qualquer cosia que lhe vinha. não mesmo.
tudo era observado e calculado.
e disso, no final, vinha sua avaliação e sua aprovação, ou não.

o fato de tratar com simplicidade coisas que, à primeira vista, poderiam ser complicadas, não quer dizer que aceita qualquer coisa.
mas sim que não quer complicar o que não precisa ser complicado.
isso confundia muita gente, que, de vez em quando, achava que o tinha a mão.
mero engano. ele só via beleza na simplicidade.

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