quarta-feira, 21 de julho de 2010

# 231

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"(...) Estive cansado
Meu orgulho me deixou cansado
Meu egoísmo me deixou cansado
Minha vaidade me deixou cansado
Não falo pelos outros
Só falo por mim
Ninguém vai me dizer o que sentir (...)"

Soul Parsifal.
(Marisa Monte/ Renato Russo)

essa é uma das músicas mais fortes que conheço.
ao mesmo tempo que fala de coisas leves, flores, folhas, cheiros bons... fala de redenção, de solidão e de tristeza.

quando a escuto, ou mesmo canto baixinho, sinto uma explosão dentro de mim, como se tudo que eu sinto, de bom e de ruim, se remexesse dentro do meu estômago.

e essa reviração toda aqui dentro me faz ter uma sensação de vida, de saber que eu tou aqui no mundo, que nem todo mundo, e que eu vivo, e sinto, e respiro.


e a música ainda diz uma coisa muito certa, e que a gente tem que repetir pra sempre: "ninguém vai me dizer o que sentir". ninguém pode fazer isso por ninguém, mesmo quando a gente queria que isso fosse possível, mesmo quando a gente pensa que se tivesse um super poder, esse seria o de fazer os outros sentirem exatamente o que a gente quisesse ou sentisse.


"ninguém vai me dizer o que sentir..." e ninguém deve fazer isso. nem o medo, nem a euforia, nem mesmo o futuro.



terça-feira, 6 de julho de 2010

# 230

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e o Pedro Morais colocou tanta força, tanta dor, tanto significado na sua interpretação dessa música, que foi impossível que eu não me emocionasse.
sim, porque ela fala de como a via continua pra um e não pra outro após a finalização de uma relação.
e a minha emoção me veio justamente porque me identifico.
se pra um, a vida segue em frente, sem lembranças, ou até com a indiferença em relação àquela história que passou, pro outro ela dói.
eu me identifico com o outro.
não que eu seja daqueles que querem reviver, remendar amores passados. eles passaram. mas porque cada pessoa que passou pela minha vida teve a sua importância, e sempre terá, independente se foi ruim ou boa, se foi romance de anos ou de meses...
já disse aqui antes e repito: eu sou um ser de detalhes. eu me apaixono é pela singularidade, pelas pequenas coisas. e isso não passa.
aquilo que um amor tinha de especial, era só dele.
os outros tiveram as suas coisas especiais. cada um dos amores teve.
daí que não é só dizer que "passou". não passou. é desrespeitoso pensar assim. é renegar a história, os momentos.
e isso não é vontade de reviver, é só respeito. porque cada pessoa que passou serviu pra me tornar no que sou hoje. e isso não passa.
e eu quero mais gente pra esquecer, ou, quem sabe, que não precise que seja esquecida.. eu quero ter mais lembranças. me lembrar daquilo que ainda não aconteceu.
se me emociono, é porque eu acredito que haja encanto no mundo.
e isso não passa.

|| Pedro Morais e Mariana Nunes: Tristesse http://www.youtube.com/watch?v=GMS9mkReYV8
(Cobra Coral)