terça-feira, 13 de setembro de 2011

# 266


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a pouco mais de 1 mês atrás, um amigo muito querido foi morar em outro plano de existência.
e a morte dele mexeu com muita coisa aqui dentro.
seja pela prematuridade, seja pela forma, seja pela saudade.

enfim, a ida dele me deu uma terrível sensação de mortalidade, de vulnerabilidade.
daquelas coisas que a gente vê acontecer, mas sempre enxerga de longe. quando vem pra perto da gente causa um choque, um baque, que até causa uma certa tontura.

nunca alguém com a minha faixa de idade e do meu convívio havia falecido.
daí parei a repensar muitos aspectos da minha vida mesmo.
pensei que não vale a pena acumular mágoas e rancores. joguei todos numa caixa selada. deixei pra lá.
destes, só restam a memória, que é daí que vêm as lições da vida, mas não remoem mais.

pensei que devo ser mais flexível em minhas atitudes.
e cuidar mais de tudo ao meu redor. mais de mim.
passei a arrumar a cama todos os dias.
que arrumando o externo, o interno logo se ajeita.

tento entender mais o que há por trás das ações das pessoas, suas motivações, mas sem ficar procurando chifre em cabeça de cavalo, porque às vezes um pepino é só um pepino.

desde então, eu tenho tentando ser uma pessoa melhor, pra mim, antes de tudo, e pro mundo.
ver que a gente é humano, que sangra e que dói.
e por isso, temos que ter cuidado com os outros, que também são humanos, que tem sentimentos e que doem também.
esse fato triste me deixou com vontade de ser humano, e de viver intensamente o que tenho agora.

obrigado pela lição, amigo.

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