domingo, 21 de outubro de 2007

# 71

::


"todo mundo tem um pouco de poeira na vida"

frase que li no jornal na sexta e que tem tanto a ver comigo.
meu deus.. como é isso né.. eu nunca jogo nada fora. fato. é só vc entrar no meu quarto pra ver. é uma tralheira de dá dó.
coisas que eu sempre acho que um dia podem me ser úteis, por mais mofadas e amarelas que estejam.

aí eu vejo que minhas poeiras existem não só nas bugigangas danadas, mas no coração tb.
e nem sei se sopro.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

# 70

:: Cê tenta?



70 ver um motivo pra que eu possa não rir.
é porque quando 60 naquele canto onde bate raiozinho de sol de manhã, fica com cara de bobo.

70 não me dizer o que eu devo fazer.
e aí eu vejo se posso arranjar 1/2 de a gente se divertir sem ter que pensar muito. usando o acaso de desculpa pra enxergar 100 culpa de nada.

70 não rir quando eu fizer cara de bravo.
porque eu ainda tento me fazer de sério de vez em quando. de barba ou 100 barba.
que é pra me dar a tal da solenidade.

e por fim 70 não tentar entender tudo o que eu digo ou faço.
porque às vezes um pingo d'água é só um pingo d'água.


::

# 69

::

então tá né.

::

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

# 68

:: do quê?


me faltam as palavras pra falar daquele momento.
sei lá.. sei não mesmo.
como que argumento o que não entendo? como que descrevo o que os olhos não conseguiram decifrar?
tentar fazer isso é no mínimo prepotência, e não ando lá nesses dias.
só sei todas as frases que eu ousasse dizer a respeito daquilo seriam vagas e incompletas.

é.. é melhor não dizer.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

# 67

::: das complicações e dos botões



"- esse mundo é um lugar complicado." pensa ela, enquanto costura o botão azul escuro na sua blusa celeste.

ela não entende o porquê de as pessoas sentirem medo. medo serve pra quê? qual a utilidade prática disso? e por que a vida dói tanto quando a gente teme o que está por vir? e mais um tanto de questões desse tipo.

antes de pensar em medo, ela pensava em cores. que aquele botão celeste na blusa celeste era muito sem graça. tornava tudo uma coisa só.. muito homogenea.. e isso é exatamente o contrário da vida.. cheia das misturas, das coisas claras e escuras, tudo assim, misturado, e não tem nada divididinho certinho que nem no yin e yang.. que nada.. tudo é tudo ao mesmo tempo, onde tem claro, tem escuro.. e por isso preferiu trocar o botão celeste, por um azul escuro. que é pra mostrar que ali dentro daquela beleza de céu, ainda tem um tiquinho de escuridão. o que também é bom.

e enquanto agulha vai, agulha vem, e o botão vai sendo embrulhado pela linha branca, ela torna a pensar que o mundo é cheio das complicações. e acaba por se esquecer de qualquer pensamento complicado no momento em que a agulha pica seu polegar.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

# 66

eu sou um ser que se apaixona por tudo.

momentos, canções, árvores, pipoca doce, tênis azul, livro de capa de melancia.

enfim, acho que sou daqueles de paixão, que não vive se não tiver nem um cadinho de sentimento pra remoer ou pra deliciar.

é por isso que não consigo ser vazio, por mais que eu tente.
sou um ser que deixa transbordar a paixão que não cabe no meu peito.

é.. doa-se.

# 65

"(...) Estive cansado
Meu orgulho me deixou cansado
Meu egoísmo me deixou cansado
Minha vaidade me deixou cansado
Não falo pelos outros
Só falo por mim
Ninguém vai me dizer o que sentir
e eu vou cantar uma canção pra mim (...)"


e é assim, de canção em canção, de sentimento em sentimento, que a vida segue seu rumo.

a gente se cansa de tudo, dos outros de nós mesmos.
mas numa hora ou noutra, decide que chega de cansaço, chega de temor.
é hora de plantar nossos jardins com as plantas mais cheirosas e viver com leveza e serenidade.

sendo do jeito que a gente quer, pq ninguém entende mais de nós que nós mesmos.