quinta-feira, 21 de maio de 2009

# 155

:: "I hear in my mind all these voices"


e a Regina Spektor tem cantado na minha cabeça nos últimos dias. e eu tenho gostanto tanto!
e ela me coloca uns questionamentos, que por vezes, me deixam pensativo.
eu quase sempre tive um pé no chão em meus relacionamentos, por mais que isso não parecesse. talvez por medo, talvez por pensar que podiam terminar logo, talvez por medo de me sentir preso pra sempre, e talvez por tentar me proteger de magoar.

ah, nunca funciona. esse trem de pé no chão e cabeça nas nuvens, por mais certo e seguro que seja, é limitante demais. e eu gosto de me oferecer por inteiro, quando o mundo se satisfaz com metade, como canta o Moska em sua "seta e o alvo".

não gosto das limitações que a gente parece precisar ter quando namora alguém, torna tudo menos intenso.
mas ao mesmo tempo, agora eu percebo que o ideal é ser sereno, não limitado, mas ir devagar, sem aquela explosão toda de uma vez só, que é pra ter pequenos tracks o tempo todo.

e é isso que o Ismaël (louis garrel) pede ao intenso Erwann em Les Chansos d'amour -  "Aime-moi moins mais aime-moi longtemps". (me ame menos, mas me ame por mais tempo).

e é nisso que eu ando pensando, por mais arredio que eu possa estar em relação a esse trem de amar. por mais que pareça duro e auto suficiente, por mais traumas que eu possa carregar, no fim das contas, não passo de um patético romântico.

no fim das contas, todo mundo quer amar sem pé no chão, e uma canção de amor, que dure muito, muito tempo.

2 comentários:

Thaís disse...

Minha mãe sempre me fala que eu tenho que ir mais devagar, não megulhar de cabeça, não fazer tanto pela pessoa, etc, etc, etc... E eu sempre argumento que se eu fizer assim não serei eu. Que eu não sei fazer de outro jeito. Mas a verdade é que, quando o assunto é amor, assim como em tantos outros, a teoria é linda e a prática nem tanto! A gente pode até montar um esqueminha de como e quanto vai se envolver/entregar num próximo relacionamento que não tem jeito, quando ele chegar vai ser tudo diferente! Se existe sentimento, eu não consigo ir devagar. É como se fosse um filme que eu quero muito ver como vai acabar (claro, esperando o "...E foram felizes para sempre!") e aí avanço com o fast foward...

Fazia tempo que não vinha aqui, mas agora reaprendi o caminho e vou voltar mais, tá?

Amo você!

Beijo enorme!

Thaís

Alex disse...

Pois é... Viver abocanhando os momentos é pura insensatez. É sempre melhor dar uma garfada de cada vez, mas não nos satisfazermos na primeira. Viver intensamente não é o mesmo que viver tudo de uma vez só.

Alex.