quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
# 91
domingo, 23 de dezembro de 2007
# 90
Fala!
diz isso cantando.
canta.
fala logo o que é pra ser dito.
fala!
canta isso num indie ou em mpb.
canta.
diz logo se é pra seguir em frente.
dança.
essas palavras que misturam som e silêncio.
ouça.
aquilo que eu não digo, só rio.
sorria.
mostra os dentes pra mim.
:)
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
# 89
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
# 88
:: das memórias e a casa vazia
ontem foi dia de mudança.
sim. casa nova. dessa vez nova mesmo, com direito a eco na sala de tão vazia que estava.
e dias de mudança são sempre desafiadores.
nos colocam de frente com coisas que a gente nem se lembrava que existiam. e outras que a gente se esforçava pra fingir que não existiam mais.
pois bem, e lá no meio daquele tanto de caixas e sacolas e roupas e móveis e cds, encontro um monte de papéis e fotos antigas.
e eu já nem me lembrava do meu caderno verde, e nem do vermelho, nem daquelas poucas fotos de viagem que mandei imprimir a uns anos atrás.
e de repente, lá estava eu, parado por horas, no meio da bagunça toda, relendo trechos da minha própria vida como se estivesse lendo um livro de qualquer autor.
e as memórias puxavam as outras e me vi em meio a viagens no tempo, lembrando de coisas boas e ruins.
e no meio da bagunça os bilhetinhos de faculdade, as risadas anotadas no papel. enfim, era um mundo todo ali, um mundo que já foi meu.
de repente me lembro que eu tinha que continuar juntando as coisas.
e deixei os papéis pra trás.
comprei um caderno novo, um bloquinho e uma caneta.
as histórias vividas ficam lá guardadas no quarto antigo.
e as histórias que virão e que estão acontecendo hoje, vão encher a casa nova, que ainda é casa vazia, mas que logo vai ter muito o que contar.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
# 87
oncotô?
proncovô?
vo de trem?
ou de metrô?
pópôpó
no cafezim?
pôe, uai, sô...
mas só um tiquim.
# 86
e no meio daquele tempo, quando as tempestades deixavam o céu cinza por vários dias, um raio ou outro de sol começava a cortar aquelas nuvens pesadonas.
e assim, os dias foram se amansando, voltando à serenidade de outrora.
e as coisas se acertam.
e aquele doído que a vida tava causando, novamente se acanha, se encolhe no cantinho, deixando de se fazer doer.
e a vida se torna leve outra vez.
e o sol volta a iluminar o dia.
e esquentar as tardes desse tempo doido que a gente vê no mundo.
e a chuva que tava forte, volta a se tornar chuvisco, às vezes sereno.
e serena a vida segue.
de céu aberto.
tudo se acalma.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
# 85
domingo, 2 de dezembro de 2007
# 84
e lá estava ele outra vez naquela pista de dança.
de olhos fechados dançava sem nem perceber o tanto de gente à sua volta. e sentia tanto a música que levantava os braços à altura das orelhas e os sacudia rapidinho pra cima e pra baixo, enquanto abaixava a cabeça no meio deles e a balançava pra lá e pra cá, enquanto mexia o corpo inteiro levantando as pernas como se em passos rápidos sem sair do lugar. estava sentindo a música.
enquanto isso, o moço na frente dele, ao ver essa cena, sorria com gosto porque finalmente via alguém dançando de verdade, e implicava o menino de xadrez tentando imitá-lo.
e o menino de xadrez, sentidor da música olhava pro moço sorrindo, ria envergonhado, prometendo que nunca mais dançaria daquele jeito. pra minutos depois voltar a sentir a música e balançar seus braços no ar.