domingo, 31 de julho de 2011

# 261

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"...então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada?..."


porque o que me fascina é o que não consigo enxergar de longe, aquilo que não posso prever.
o que me chama a percorrer a estrada é o desconhecido. é não saber onde ela vai dar.
e nem onde ficam as paradas pra descanso em seu curso.

se o meu obejtivo é o nada, quero persegui-lo, sem bússola, nem placas, nem guias, nem qualquer coisa que me indique a direção que devo seguir.


é que quero um nada meu. um nada que eu possa encontrar sozinho, ou com a ajuda de quem teve coragem de me acompanhar nessa viagem louca. 
quanto tempo vai durar essa busca? não sei. 
e que graça teria saber? nenhuma. 
quando chegarmos ao nada daí podemos pensar: "Pronto! agora é hora de querer o tudo!"

O título é de "A seta e o Alvo" do Paulinho Moska

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