terça-feira, 19 de janeiro de 2010

# 183

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e ele achava que as coisas deviam ser mais simples.
as pessoas mais legíveis.
o clima mais estável.
e ele também gostava de pontos finais nas coisas que deveriam tê-los, apesar de sua eterna paixão pelas reticências.

o que acontece é que a simplicidade está em baixa. as pessoas têm achado legal, na moda, serem complexas, não serem claras, nem transparecer o que sentem ou pensam.
ok, um misteriozinho sempre vem bem a calhar, mas noutros casos, é patético, e por vezes, até mesmo cruel.

no fim das contas, ele acha que o mundo tá cheio é de gente covarde, com medo, e é medo de tudo. medo de se entregar, medo de compartilhar, medo de se dividir, medo de sofrer. e ele também é um cadinho medroso nisso tudo.
mas a diferença é que ele não espera o medo, ele vive o que tá ali, se apresentando, e tenta não sofrer com antecedência pras coisas.
já faz muito tempo que deixou de fazer castelos, de fazer planos, se tornou, de certa forma, imediatista, não pela pressa, não pedindo urgência, mas se focando no presente, no hoje, sem se preocupar se no fim de semana que vem vai ter cachoeira.
pode acabar chovendo.

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