segunda-feira, 27 de agosto de 2012

# 291


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fazem cinco meses que ele se mudou pra casa nova, que escolheu as cores das paredes, das portas, e o que ficaria e o que não levaria consigo pra casa nova.
num canto da sala, que tem as paredes pintadas de "vanilla", como veio escrito na lata de tinta, mora um pé de "comigo ninguém pode", que ganhou da ascensorista do prédio.

nas paredes da sala vivem dois passarinhos ilustrados, presentes da Poli e do João. em cima da televisão fica um cãozinho de pelúcia, que ganhara anos atrás, e 
na divisa da sala com a cozinha, os elefantes indianos ficam pendurados, anunciando os ventos fortes com seu sino, presentes do Saulo e do Rafa.
ainda na sala ficam livros, cds, dvds e o telefone, em harmonia com a estátua de parafuso tocadora de violino, que sua lhe dera.

na cozinha, seus temperos de todas as variedades dividem espaço com pratos, panelas, uma chaleira preta que apita, e a garrafa térmica verde. quase tudo na cozinha é verde. pra contrastar com porta verde, a única da casa que não foi pintada de preto.

seu quarto é quase todo azul, com exceção de uma parede, pintada num amarelo claro, que é pra não deixar que o ambiente ficasse triste. na parede, o desenho de uma pomba com um coração, dado pelo João, e na outra uma caveira bonita, azul, feita pelo João também, e que não causa medo.
tudo em contraste com a cama, o armário e a mesa do computador, sobrando ainda um espaço grande.

sua casa é aconchegante, e tem um clima bom. tanto que desde que mudou-se passou a ser mais caseiro, saindo muito pouco, de tanto que gosta de lá ficar, e de receber seus amigos.

são cinco meses morando sozinho. 
no começo sentiu um susto, já que nunca havia vivido só antes. 
ainda hoje acostuma-se com a situação, mas muito satisfeito e orgulhoso de suas decisões.
muita coisa mudou em sua vida desde que foi pra casa nova, e isso enxerga com olhar de observação, e entende que o que tem que ser, simplesmente o é.
não se arrepende de nada, na sua casa não há espaço pra isso, só há espaço pra viver o que a vida lhe traz, assim, sem medo, que nem quando não teve medo de pintar as paredes sozinho.

e na porta fica um tapete de "Boas Vindas", presente da Eliene, que é pra se saber que visitas são sempre muito queridas. =]


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