mudança de casa é mudança de vida.
venho discutindo isso com a analista já faz um tempo.
parece que depois que me mudei pra casa nova, pela primeira vez morando realmente sozinho, me passou um furacão pela vida, alterando quase tudo o que parecia já estabelecido, estável, e colocando as coisas em outros lugares.
a mudança de casa trouxe com ela uma série de revoluções pessoais.
pela primeira vez na vida eu me vi morando num lugar onde eu estava só comigo mesmo.
e sem previsão alguma de dividir meu pequeno reino com ninguém. e isso não me doía.
e não me dói.
ainda estou em fase de me acostumar a chegar depois de um dia trabalho e ficar comigo mesmo. e acho que isso é uma questão de costume mesmo, que já tenho quase tirado de letra.
por alguns momentos me sinto sozinho, melancólico, mas no geral, me sinto é bem, e consciente e orgulhoso das minhas escolhas e decisões.
a verdade é que ninguém se mantém na vida de ninguém por obrigação.
e a própria dona vida trata de fazer uma triagem de quem permanece e de quem sai de cena.
não é preciso muito esforço pra isso, o que vale pra amizades e amores.
no momento, me vejo em plena reconstrução.
reconstrução de uma casa, de uma identidade, de um lar, de amizades.
algumas se perderam com a própria mudança, assim, sem brigas, sem desentendimentos explícitos, só foram pra longe.
umas se manteram, outras voltaram, outras se recosturaram, outras nasceram.
é o ciclo que toda mudança traz.
um novo todo contexto de vida.
uma realidade diferente, que deve ser vivida.
no fim, a mudança têm me feito bem, me reafirmado da minha independência, e me mostrado que eu me basto pra um tanto de coisas.
pras outras, eu tenho amigos, que se mantém comigo, independente de qualquer coisa.
no fim das contas, não me arrependo é de nada.
tenho toda uma vida cheia de acertos e erros pela frente.
e minha casa nova tem elefantes pendurados e apetrechos verdes na cozinha.
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