quando ele sentiu o vento no rosto naquela manhã de junho, por volta das 8:32 da manhã, sentiu aquele frio do qual sempre fugia.
nunca foi um cara de gostar de frio.
na verdade, sua birra era da chuva, porque os pés molhados o deixavam irritado.
a antipatia com o frio era só porque aquela sensação de precisar de abrigo, encontrado em jaquetas, luvas, paletós e essas roupas de inverno, o tiravam de seu canto cômodo, o obrigando a ter um movimento na vida, até mesmo o de abrir o armário e buscar o moleton com menos cheiro de guardado.
pois bem, na hora do vento frio, correu com as mãos pra dentro dos bolsos, porque não era de usar luvas.
e ali, saiu soltando fumaça pela boca, tentando encontrar uma forma de se divertir mesmo sofrendo com o frio.
é que ele era assim, do tipo de procurar soluções pros pequenos problemas, ou achar lado bom até naquilo que não parecia ter coisa boa.
e passo ante passo, enquanto se distraía com as fumaças que saiam de sua boca, caminhava, enfrentando o frio, indo por aquele caminho que não sabia onde daria.
mas tudo bem, aquela estrada lhe parecia boa, e iria caminhando até onde desse.
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