quarta-feira, 15 de junho de 2011

# 253

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|| perto dos 30


aí eu me pego conversando com um semi desconhecido, de 32, que me pergunta minha idade.
- 29, respondo.

ele sorri com uma cara de quem acha graça, e passa a me contar como foi complicado pra ele atravessar a barreira dos 30, mas que agora se sente aliviado e leve, mais livre e pronto que nunca.

daí passei a me analisar, e pensar como tá sendo essa proximidade dos 30 pra mim.
não tou sofrendo. na verdade, eu tou é louco que chegue logo o 18 de novembro.
sim, porque eu não acho que seja ruim nem difícil fazer 30 anos.
ainda mais na situação em que me encontro: tenho minha profissão, moro só, sei cozinhar, tenho amigos incríveis, sou absolutamente bem resolvido com o que quero pra vida, e pra todas as outras questões, tenho minha terapeuta fantástica. 

enfim, eu me acho numa posição bem tranquila, sou satisfeito com quem me tornei, baseado ao longo desses tantos 29 anos de vida.
aprendi que nem sempre os melhores amigos são infalíveis, aprendi que nem todo grande amor é eterno, e que nem todo amor é bom, e que a gente pode sim se reinventar e ficar bem sozinho também.
e mais, que não precisa se estar sorrindo o tempo todo pra todo mundo, e nem aprovar todas as atitudes dos amigos, e que vai ter gente que te gosta sorrindo ou ranzinza.
e que a gente pode ouvir o que quiser, e cantar na rua. 

estar perto dos 30 tá sendo fácil, sem crises, pelo contrário, me sinto mais sério, mais homem, mais adulto.
e mais leve também. sorrindo de verdade quando sinto vontade, e isso não diminui meu brilho, não a quem não quer que diminua.

dizem que aos 29 Saturno faz seu retorno em nosso mapa astral, trazendo revoluções e tudo o mais. 
realmente, muitas revoluções têm acontecido nos meus 29, mudanças realmente importantes e drásticas.
me sinto mais seguro de mim, mais pronto pra cortar o que tem que ser cortado, pra dizer não aos abusos e pessoas abusivas e interesseiras, a fazer que o mais importante seja sempre o meu bem estar antes de qualquer outra coisa.
e isso não é egoísmo, é a prática de amor próprio, que é o mais importante dos amores.

enfim, estou perto dos 30, e quando olho pra trás, enxergo com tanto orgulho todos os eus que fui, todas as coisas que fiz, meus erros e acertos, que hoje são a minha base.
não tenho vergonha de dizer minha idade, e espero ansiosamente que novembro chegue.

29 sim, quase 30, com leveza, calma e tranquilidade.
e que me gostem assim, que ano que vem tem os 31.

=]

Um comentário:

Renata Teixeira disse...

Senti uma pontinha de inveja. Fazer 30 pra mim só não foi pior porque no finalzinho dos 29 eu entrei nesse meu emprego e estava total e perdidamente apaixonada. Isso foi o que não me deixou cair na merda! Lembra que fomos na festa de 30 anos da Valentina? Melhor festa que já fui na vida!! Ser uma balzáquia com classe é bem mais legal né!! =D Agora já tô pensando que ano que vem será pior: 35!!! Eu não quero fazer 35 anos! Nem tô apaixonada!!! Ai que medo!!!