segunda-feira, 28 de junho de 2010

# 229

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e o que o outro não entendia era como ele estava assim, tão encantado com ele.
dizia que ele mesmo era uma bagunça, e seria, no mínimo, loucura, se alguém quisesse compartilhar dessa bagunça toda.
só que, o que ele não enxergava, era que o outro gostava mesmo era da bagunça, do não certinho, do não previsível. que aquilo sim era combustível pra sua vida, pra sua motivação. ele, que em si próprio, via as suas próprias coisas bem bagunçadas e desordenadas.
e a bagunça que lhe fascinava, porque o que é linear torna-se enfadonho com o tempo. daí que ele preferia a imprevisibilidade que as coisas mais desarrumadas lhe traziam. não haveria rotina, nem muito cansaço, haveriam desafios e exercícios de tolerância, e risadas, ah, como haveriam risadas...
o que importava ali era o encanto. mesmo que o encanto viesse justamente da forma desordenada que as coisas lhe apareciam.

3 comentários:

Samy Vallo disse...

Ah em 3° pessoa...Encantador Jéfi

Anônimo disse...

"mesmo que o encanto viesse justamente da forma desordenada que as coisas lhe apareciam", lendo essa coisas fico a pensar nas inúmeras possibilidades disso que chamam de amor, não é. O que é um pouco perturbador.
Gostei da tom despretensioso das suas palavras. Parabéns e obrigado pela visita e pelo comentário.

Anônimo disse...

sabe, jéfi, são coisas simples, como esse seu comentário que fazem a vida valer a pena depois das tormentas. apesar do cansaço, hoje meu dia foi abençoado. várias pessoas notaram meu trabalho, ainda modesto, deste blog. seus comentários e de uma mulher que muito admiro no meu trabalho me fizeram acreditar naquilo que gosto de fazer: escrever.
quanto aos seus conselhos, estarão guardados. tenha uma boa noite. obrigado pela visita #2 e pela paciência de escrever aquele comentário tão sincero.