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um milhão de coisas borbulham, mas não sabem se comportar sobre o papel.
elas querem ser escritas, gritadas, soltas... mas são tantas, mas tantas, que estão desordenadas, coitadas.
e de repente, coloca-las assim, sem maiores preocupações, pode ser, por si só, er... preocupante.
é que palavra é marca quente em couro. uma vez posta, não dá pra fingir que não existiu.
nem com borracha, e nem com backspace se desfaz o efeito da palavra.
é queimadura de terceiro grau, aquela que marca a alma, deixando gravada nela seus efeitos.
e não tou dizendo aqui que é algo ruim não, mas é algo.
e algo que não sai, então tem que ser usada com respeito aos próprios limites que ela carrega.
então é assim, um milhão de coisas querem saltar dos meus dedos nesse momento na forma de palavras.
e enquanto não acho uma forma de torna-las suaves e inofensivas, eu falo dessa dificuldade que me atesta nesse momento.
2 comentários:
"Palavra quando acesa
não queima em vão.
Deixa uma beleza posta
em seu carvão."
Eternas cicatrizes n'alma...
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