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e as coisas que são boas só por si mesmas sempre são complicadas... ou distantes.
ficam em lugares demorados pra se chegar, e que as vidas corridas das grandes cidades não deixam muito tempo sobrando.
e ainda assim, num pequeno espaço de tempo, em que a gente se dá por livre das ocupações do mundo, a gente passa por pequenas felicidades em lugares inesperados.
e assim como se fosse o dono da ampulheta dos dias, a gente tenta conter toda aquela areia em potes de vidro, mesmo sabendo que não tem nenhum capaz de cabê-la. mas a tentativa de fazer parar o tempo, ou pelo menos, que ele se prolongue é inevitável, apesar de saber que nada tem esse poder.
no fim, os dias passam, e tudo é bom. os barulhos e silêncios.
quase que uma forma de recordar que ainda tem como respirar/suspirar nesse mundo, coisa que havia ficado pra trás, e nem se sabe onde, enterrada em algum lugar antigo, ou depositada na copa de uma árvore.
a distância é implacável.
restam as pequenas felicidades distantes, como quase uma forma de saber-se vivo outra vez.
quase que num lampejo de esperança de tempos melhores.
só se sabe que as coisas boas estão agora distantes, mas é grato por tê-las lhe acontecido.
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