segunda-feira, 15 de novembro de 2010

# 245

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e ele sempre gostou de romances.
sempre. 
e gastava seu tempo imaginando como seria o próximo. se seria algo como uma tarde sentado nas pedras do arpoador, tomando água de côco e vendo as ondas baterem naquelas rochas todas, ou se seria algo como uma chuva grande, que molha tudo e a todos, porque não cai em uma só direção, que deixa as meias molhadas por dentro do sapato, mas que pára pro sol secar tudo, só pra chover de novo mais tarde.
e assim se divertia, pois já havia passado por ambos os tipos de romance.
e os dois haviam lhe dado felicidades e lições, bem como tristezas e decepções.
o que esperava agora é algum coisa que o impressionasse, que mexesse com toda aquela estrutura, virando o mundo de cabeça pra baixo. 
nem calmaria, nem caos, mas aventura, mas coisa inédita, diferenciações.
e enquanto esperava por tal aventura, se contentava com os romances alheios, esses dos filmes, que nem sempre terminavam bem, mas eram vividos.


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