domingo, 29 de março de 2009

# 146

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e têm sido dias mais instrospectivos que o normal.
aquele silêncio que guardo pra poucos momentos, têm me tomado horas e horas, e com isso, os pensamentos fluem nas mais diversas direções.

e deles fujo, fujo pra evitar pensar bobagens, ainda mais sendo quem sou, exagerado de tudo. os dias estão difícies, em grande parte dos aspectos da vida. família, coração e ânimo. tudo confuso, tudo carente. tudo sem paz. tudo em espera.

no momento, a vontade mesmo é de dormir, e esperar tudo passar.
mas nunca fui de fugir, de me esconder.
e agora tou perdido, sem rumo. 

bom, de volta pro quarto.

domingo, 22 de março de 2009

# 145

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e uma vez, lá atrás, nem sei quanto tempo faz, ouvi de um conhecido uma frase que marcou minhas semanas, sobretudo dias como hoje: 

- "as noites de domingo são implacáveis".

e não sei por quantas vezes já escrevi sobre isso, mas não me canso, porque é uma das verdades que existem no mundo.

agora, por exemplo, acabo de passar uma tarde ótima, com amigos, mesmo com chuva, mas falando bobagens, rindo e discutindo de militância a Big Brother, mas chegou noite, e de repente, cá estou em casa, e sentindo um vazio que não se explica.

por mais companhia que eu tenha, por mais feliz que eu esteja junto com quem eu quero estar, é noite de domigo, e por isso, implacável.

talvez porque segunda já seja daqui a algumas horas, e quando o relógio tocar terei que tomar o banho e acertar o nó da gravata, e talvez seja porque hoje vou dormir sozinho depois de uns dias sem saber o que é isso.

enfim, cá estou, falando com amigos no msn, ouvindo músicas, mas ainda assim, com um vazio grande ao meu redor, e, quiçá, aqui dentro também.

não há como mudar. é domingo, e é noite,

e o que resta é tentar não prolonga-la demais, e lembrar que só essa noite é implacável, tenho a semana inteira pra não me preocupar com as noites.

 

sábado, 14 de março de 2009

# 144

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e eu não caibo nos lugares comuns, aqueles onde todos estão, ou pelo menos, deveriam estar.
nunca coube.
não sei o normal de se ser. não consigo sequer tentar sê-lo, e por pura natureza mesmo.

e vez por outra o peito grita e me ordena a gritar, e a cabeça que já sabe ser mais dona de si, não obedece, e só espera.
espera. e espera.
por algo que não se pode esperar, pelo simples fato de não saber do que se trata.

as tardes de esperar são as piores, quanto mais sendo sábado. 

terça-feira, 10 de março de 2009

# 143

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e chega a hora mais difícil, que é a de encaixotar as coisas, fazer malas e caixas e mais caixas de meus troços.

sim, eu tenho a terrível mania de não jogar as coisas fora. então meu quarto é um emaranhado de papéis e cacarecos que eu chamo de memórias.

aí tem horas em que penso que eu nunca mais vou usar aquilo, e que deveria me livrar disso, ou doar aquiloutro, mas na hora de me desfazer das coisas, a consternação me é mais forte, me dói quase que fisicamente, e lá cresce outro monte de coisas inúteis, que só servem pra minha memória não esquecer de nada.

dessa vez eu vou tentar me desvincular de algumas coisas, até porque a casa nova é menor do que a que eu tou deixando, será difícil, mas ninguém disse que seria fácil.

e como tudo me parece novo nessa nova fase que tá começando. acho que vai até ser bom juntar cacarecos novos.

:)

segunda-feira, 9 de março de 2009

# 142

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e finalmente deu-se a baixa do calor.
com o tempo assim, ameno, os pensamentos conseguem ficar em ordem mais facilmente, e deixam as bobagens de lado um cadin.
e não é que o calor não me agrade, pelo contrário, desde que eu esteja dentro de uma piscina bem gelada.
não sei, mas tem hora que eu penso que o clima do mundo acompanha o clima aqui de dentro.
as coisas estão mais tranquilas pra mim, e uma calmaria vem me abraçando, e dá pra pensar que é como se um vento viesse pra refrescar a temperatura que estava deixando minha cabeça quente.

agora me sinto ameno, com nuvens bloqueando o sol na medida certa.