sábado, 4 de fevereiro de 2012

# 277

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eu queria me encontrar com ela com mais frequência. 
apesar de nos falarmos sempre por e-mail, nossos encontros são únicos e sempre incríveis.
a gente fala da vida, de amor, de paixão, de sexo, trabalho, arte, cinema, enfim, não temos tabus em nossas pautas. e isso é o mais gostoso.

a Poli tem sempre uma história nova, e sempre ótima, pra contar.
e aquele jeito espontâneo, e certo do que quer, aquela ousadia e atrevimento formam o charme dessa moça, que não tem medo da vida não.

por algumas vezes nos vimos tristes, e sentamos pra falar sobre isso, conversando sobre o mundo e suas coisas engraçadas, suas voltas, e como algumas coisas nos atingem, assim, sem a gente nem perceber de primeira.
e mesmo nesses dias de tristeza, saímos de nossos encontros sorrindo, porque chegamos às conclusões mais absurdas e engraçadas, e entendemos que por mais tropeções que tomemos mundo afora, a gente sempre se levanta e dá a volta por cima.

estar perto dela é estar perto de arte, de carinho, daquela gargalhada gostosa, da cara de espanto, e de uma amizade leve, profunda e leal.
Poli é dessas meninas mulheres que não tem vergonha de viver, não tem freios, e, que cria seu próprio comportamento.
e o mais importante, ela se faz feliz, se diverte. 
é uma moça num maiô de bolinha, deitada numa toalha colorida.



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

# 276

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"a gente tem que aceitar que o ruim também faz parte de nossa história."

essa frase saiu agora a pouco numa conversa com meu amigo João, e é a mais pura das verdades, ao meu ver.
a gente sempre tenta construir coisas boas, bonitas. acho que todo mundo tenta acertar o tempo todo, mesmo cometendo erros.
é que ninguém quer errar.

e essa tentativa de construção de coisas boas na vida, é pra poder olhar pra trás e ver uma história bonita, boa, correta.
mas, pôxa, nem sempre é possível acertar.
é permitido errar, pra todo e qualquer ser humano. 
é liberado tomar uns tropeções de vez em quando, machucar o dedão do pé, se queimar com a panela.
e também é possível que pela vida passem pessoas que nos façam mal, ou que permitimos que nos façam mal, que deixam marcas ruins.

o que a gente evita é de olhar pra trás e ver que no que a gente viveu também há manchas, marcas ruins.
ninguém quer admitir que teve erros no passado, que fracassou nisso ou naquilo, ou que coisas ruins aconteceram por atitudes nossas, ou por permissões veladas que demos a terceiros.
a gente tem a mania de achar que tem que ter uma solução pra tudo, que há conserto praquela coisa ruim. 
mas memória é memória. fica na gaveta do passado. não dá pra ir lá e consertar. 

então, é bom a gente se tocar de vez em quando, e ter a consciência de que não temos a obrigação de sermos certos e perfeitos o tempo todo. a nossa obrigação é sim de tentar ser o melhor que conseguirmos.

a gente tem é que aceitar que ruim também faz parte de nossa história, e aprender com ele, tirar alguma coisa boa do ruim, nem que seja o medo de repetir, desde que não vire trauma, até porque não acredito em traumas, mas isso é assunto pra outro texto.

por enquanto, vamos olhar pra trás, pra tudo o que construímos, e ver que bem ou mal, foi a base pro que somos hoje. 

eu me orgulho da minha história, mesmo com os ruins dela. até porque sem os ruins, os bons não seriam tão prazerosos.